Nas belas árvores que beijam a terra frutífera,
Nos rios e oceanos que se agarram ao céu que lhes encontra,
Nos pássaros que de manhã declaram seu cântico à natureza
E as onças astutas que caçam diaramente para sua cria alimentar,
Entre eles não há pátria mais amada, não há solo mais conhecido, gentil, essa mãe o Brasil,
Brasil, Brasil, uma filha ainda presa nos braços estendidos de sua mãe,
Portugal, tão pequenina
Agarrando em seu peito essa joia rica e preciosa
quilômetros e quilômetros de risonhos e lindos campos
Não é fácil de se deixar.
Dom João VI, o rei amendrotado, fugindo dos rugidos do feroz Napoleão, que Portugal planejava assaltar
Corte real e família preencheram o chão das praias azulinas do Brasil
O velho rei então decretou
Portos brasileiros ao mundo abriu
Liberdade no comércio aos poucos adquiriu
Dom João continuou, O Rio de Janeiro embelezou
Os povos tupiniquins ajudou
E os lusitanos, nada contentes!
Como a água que goteja entre os dedos unidos, assim forte Portugal iria perdendo sua influência
E em meio aos bravos clamores de revoluções e assembléias, discussões e confusões,
Brasil? Quem dera! Essa nobre riqueza pertencia a coroa portuguesa!
Partimos a recolonizar!
E Portugal, astuto em todas as maneiras, exige o retorno de seu imperador.
Encoberto pelo medo Dom João embarca avante grandes tapetes de cinza, ao mar aberto e esplêndido.
Porém, porém, para traz seu filho deixou
Dom Pedro I, príncipe regente, pelo Brasil se responsabilizou
O jovem com essa terra simpatizava
A afinidade pelo povo e pela paisagem que lhe sobrara
Os sorrisos, os indígenas, os pássaros e onças e os rios que cortam a terra, as árvores e plantas que preenchem o horizonte,
Sim, isso tudo lhe encantava
Os tupiniquins procurou agradar
A população desejava favorecer
Os impostos despencavam ao raiar do amanhecer
Militares nacionais agora se equivaliam as lusitanas
Autonomia própria seria um sonho a se tornar realidade
As Cortes portuguesas, ah mas não seriam desafiadas!
Ameaçaram destruir as benesses econômicas de Dom João VI conquistadas
Nos brasileiros, novas ideias encontravam moradia
Mas o que é essa história de independência?
Portugueses então, pela volta de Dom Pedro clamam
Sem o príncipe interferindo, seus planos facilitariam
Mas ora, recebem a resposta mais inesperada,
Oito mil assinaturas brasileiras chegam no alto da alvorada,
Oito mil assinaturas declaram "Dom Pedro irá ficar!"
O príncipe se rebelou
A população vinha agitada
Todos em seu governo a favor da independência apontou, e todas as ordens de Portugal com orgulho ignorou
Nenhuma medida das Cortes era aprovada sem primeiro por ele passar,
Quando o clima esquentava, o fogo se espalhava e difícil era o suportar...
Numa breve viagem Dom Pedro embarca
Santos a São Paulo, junto a alguns fieis
Montados em jumentos, um simples percurso, um dia sereno e tranquilo
Ora contemplando em tudo que havia acontecido
Como a presa surpresa, cai num piscar de olhos entre os dentes de um predador,
Assim uma notícia tão insesperadamente a Dom Pedro encontrou
Lá vinha logo mais uma carta,
A assembleia lusitana novamente exigindo o retorno do príncipe
Mas dessa vez, a ameaça militar esfumaçava pelas palavras das folhas, como se uma flama acendida começasse a expandir com o álcool derramado...
Dom Pedro nisso não pudera acreditar
A fúria acumulada em seu peito era tanto ardor para aguentar
E em uma feroz e brusca decisão
Uma longa espada remove de seu cinturão
Em sua voz carrega o brado dos brasileiros
A vontade, a paixão, de viver na própria nação
D'um dia, talvez, essa joia escapar
Das garras de um povo tão determinado a segurar,
E assim Dom Pedro ergue seu grito,
Talvez menos do seu próprio fervor, mas pelo povo que merecia uma chance de se impor
As margens do rio Ipiranga declara "Independência ou morte!"
E aos lusitanos, nada mais resta a não ser aceitar
Nada de confusões, de assembleias ou gritos ecoando pelo ar
E assim foi o primeiro passo de uma história tão comprida
No começo, pouco muda, mas sim a liberdade é adquirida
Essa canção, cada nota com seus harmônicos em junção
E cada estrofe produzindo a melodia da obra prima
Comércio brasileiro ao mundo se abriu
Restringidos como colônia, isso nunca mais se viu!
E assim ao criar sua própria constituição
Devagarinho, o Brasil procura melhorar sua condição
Ah Brasil, tão belo e rico, mas tão maltratado também
Como avançamos se da maldade ainda continuamos refém?
Mas estamos aqui, independentes a escolher
Independentes a agir, pensar e dizer
A independência é necessária para todos
O que é fundamental, porém, é a sabedoria para saber o que com ela fazer
Pois somos independentes, e isso sim celebramos,
Mas a verdadeira questão é se o bem ou mal dela desfrutamos.
by Marcelle Couto
Nos rios e oceanos que se agarram ao céu que lhes encontra,
Nos pássaros que de manhã declaram seu cântico à natureza
E as onças astutas que caçam diaramente para sua cria alimentar,
Entre eles não há pátria mais amada, não há solo mais conhecido, gentil, essa mãe o Brasil,
Brasil, Brasil, uma filha ainda presa nos braços estendidos de sua mãe,
Portugal, tão pequenina
Agarrando em seu peito essa joia rica e preciosa
quilômetros e quilômetros de risonhos e lindos campos
Não é fácil de se deixar.
Dom João VI, o rei amendrotado, fugindo dos rugidos do feroz Napoleão, que Portugal planejava assaltar
Corte real e família preencheram o chão das praias azulinas do Brasil
O velho rei então decretou
Portos brasileiros ao mundo abriu
Liberdade no comércio aos poucos adquiriu
Dom João continuou, O Rio de Janeiro embelezou
Os povos tupiniquins ajudou
E os lusitanos, nada contentes!
Como a água que goteja entre os dedos unidos, assim forte Portugal iria perdendo sua influência
E em meio aos bravos clamores de revoluções e assembléias, discussões e confusões,
Brasil? Quem dera! Essa nobre riqueza pertencia a coroa portuguesa!
Partimos a recolonizar!
E Portugal, astuto em todas as maneiras, exige o retorno de seu imperador.
Encoberto pelo medo Dom João embarca avante grandes tapetes de cinza, ao mar aberto e esplêndido.
Porém, porém, para traz seu filho deixou
Dom Pedro I, príncipe regente, pelo Brasil se responsabilizou
O jovem com essa terra simpatizava
A afinidade pelo povo e pela paisagem que lhe sobrara
Os sorrisos, os indígenas, os pássaros e onças e os rios que cortam a terra, as árvores e plantas que preenchem o horizonte,
Sim, isso tudo lhe encantava
Os tupiniquins procurou agradar
A população desejava favorecer
Os impostos despencavam ao raiar do amanhecer
Militares nacionais agora se equivaliam as lusitanas
Autonomia própria seria um sonho a se tornar realidade
As Cortes portuguesas, ah mas não seriam desafiadas!
Ameaçaram destruir as benesses econômicas de Dom João VI conquistadas
Nos brasileiros, novas ideias encontravam moradia
Mas o que é essa história de independência?
Portugueses então, pela volta de Dom Pedro clamam
Sem o príncipe interferindo, seus planos facilitariam
Mas ora, recebem a resposta mais inesperada,
Oito mil assinaturas brasileiras chegam no alto da alvorada,
Oito mil assinaturas declaram "Dom Pedro irá ficar!"
O príncipe se rebelou
A população vinha agitada
Todos em seu governo a favor da independência apontou, e todas as ordens de Portugal com orgulho ignorou
Nenhuma medida das Cortes era aprovada sem primeiro por ele passar,
Quando o clima esquentava, o fogo se espalhava e difícil era o suportar...
Numa breve viagem Dom Pedro embarca
Santos a São Paulo, junto a alguns fieis
Montados em jumentos, um simples percurso, um dia sereno e tranquilo
Ora contemplando em tudo que havia acontecido
Como a presa surpresa, cai num piscar de olhos entre os dentes de um predador,
Assim uma notícia tão insesperadamente a Dom Pedro encontrou
Lá vinha logo mais uma carta,
A assembleia lusitana novamente exigindo o retorno do príncipe
Mas dessa vez, a ameaça militar esfumaçava pelas palavras das folhas, como se uma flama acendida começasse a expandir com o álcool derramado...
Dom Pedro nisso não pudera acreditar
A fúria acumulada em seu peito era tanto ardor para aguentar
E em uma feroz e brusca decisão
Uma longa espada remove de seu cinturão
Em sua voz carrega o brado dos brasileiros
A vontade, a paixão, de viver na própria nação
D'um dia, talvez, essa joia escapar
Das garras de um povo tão determinado a segurar,
E assim Dom Pedro ergue seu grito,
Talvez menos do seu próprio fervor, mas pelo povo que merecia uma chance de se impor
As margens do rio Ipiranga declara "Independência ou morte!"
E aos lusitanos, nada mais resta a não ser aceitar
Nada de confusões, de assembleias ou gritos ecoando pelo ar
E assim foi o primeiro passo de uma história tão comprida
No começo, pouco muda, mas sim a liberdade é adquirida
Essa canção, cada nota com seus harmônicos em junção
E cada estrofe produzindo a melodia da obra prima
Comércio brasileiro ao mundo se abriu
Restringidos como colônia, isso nunca mais se viu!
E assim ao criar sua própria constituição
Devagarinho, o Brasil procura melhorar sua condição
Ah Brasil, tão belo e rico, mas tão maltratado também
Como avançamos se da maldade ainda continuamos refém?
Mas estamos aqui, independentes a escolher
Independentes a agir, pensar e dizer
A independência é necessária para todos
O que é fundamental, porém, é a sabedoria para saber o que com ela fazer
Pois somos independentes, e isso sim celebramos,
Mas a verdadeira questão é se o bem ou mal dela desfrutamos.
by Marcelle Couto